31 agosto, 2012

Arqueólogo diz ter encontrado arte rupestre nos Açores




Um grupo de arqueólogos diz ter encontrado um local de arte rupestre na ilha Terceira, nos Açores, que indica que a ocupação humana daquela ilha é anterior à chegada dos portugueses. A revelação foi feita na segunda-feira na conferência “Ocupações humanas pré-portuguesas nos Açores: mito ou realidade?”, na Universidade dos Açores.


Em declarações à Agência Lusa, Nuno Ribeiro, presidente da Associação Portuguesa de Investigação Arqueológica (APIA), revelou a existência de arte rupestre na ilha Terceira, “com características que fazem remontar à Idade do Bronze”. Este fato em particular poderá reafirmar a convicção de que a ocupação humana dos Açores é pré-portuguesa.

 O arqueólogo Nuno Ribeiro pesquisa nos Açores

O arqueólogo salientou que, ao longo dos últimos três anos, foram feitas várias descobertas arqueológicas relevantes por uma equipe composta por investigadores dos Açores, Reino Unido, Estados Unidos, Espanha e Alemanha. Entre as mais importantes estão vestígios de estruturas que, pela sua arquitetura e construção, têm grandes probabilidades de ser de origem pré-portuguesa.


Além do sítio de arte rupestre, contabilizam-se entre os achados dos últimos anos um epígrafo da época romana e estruturas megalíticas. Foram, também, encontrados monumentos de tipo hipogeu (túmulos escavados nas rochas) e, “pelo menos três ‘santuários’ proto-históricos escavados na rocha”, frisou Nuno Ribeiro na conferência da segunda-feira.


As recentes descobertas precisam, ainda, de ser datadas, embora este passo, tal como a continuidade das escavações, dependa da autorização do Governo Regional. O arqueólogo lamentou o fato de haver, constantemente, entraves às investigações, sejam eles a falta de financiamento ou os decretos-lei, alertando para a situação de abandono em que se encontram importantes vestígios.


Nuno Ribeiro não deixa de salientar a importância dos achados feitos nos Açores, frisando que muitos têm sido publicados em artigos científicos e apresentados em congressos internacionais de arqueologia, obtendo grande aceitação pela comunidade científica internacional.


Fonte: Boas Notícias

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